Iniciativa visa capacitar 5 mil pequenos empresários brasileiros para práticas ESG até 2026

Uma image de notas de 20 reais
Boas práticas sustentáveis, de governança e impacto social podem trazer resultados financeiros positivos ao empresário
(Freepik)
  • Com apoio financeiro da União Europeia, o Great People ESG, em parceria com a CACB, lança programa voltado para os negócios de menor porte
  • Obtenção de selos de ESG podem garantir acesso a subsídios internacionais, novas modalidades de crédito e dar competitividade ao pequeno empresário
Por Anna Scudeller Compartilhe: Ícone Facebook Ícone X Ícone Linkedin Ícone Whatsapp Ícone Telegram

[AGÊNCIA DC NEWS]. Trilhar o caminho das práticas sustentáveis ainda é um desafio para os empresários de menor porte, e o Great People ESG, que pertence ao Ecossistema Great People e Great Place To Work, promete ajudar facilitar esse processo. Hoje (9) eles lançam um programa para a capacitação de 5 mil empresários brasileiros de pequeno porte até o ano que vem. “Nosso objetivo é mostrar que não se trata de um ‘bicho de sete cabeças’ e que qualquer empresa, independentemente do tamanho, pode e deve participar dessa jornada”, disse Carolina Pimentel, CEO e fundadora da Great People ESG.

Um estudo do Sebrae sobre o uso de práticas de ESG entre as micro, pequenas e médias empresas colocou luz à essa relação: 36% das micro, pequenas e médias adotam alguma medida de responsabilidade social, ambiental ou de governança. Por outro lado, 60% dos 4 mil empresários ouvidos pelo Sebrae dizem que gostariam de contribuir, caso as medidas fossem acessíveis (leia-se barato) e eles soubessem como chegar até lá.

Para ajudar a trilhar este caminho, Carolina Pimentel afirmou à Agência DC News que a busca por soluções de ESG tem se tornado mais do que um comprometimento moral, mas um passo importante para o crescimento do negócio. “Acreditamos que democratizar o acesso ao ESG é urgente. Sustentabilidade é essencial para a sobrevivência dos negócios.” Um estudo da PwC fez uma análise da relação entre consumo e práticas sustentáveis. Segundo o levantamento, 86% dos consumidores dizem estar propensos a optar por marcas que tenham práticas de ESG, e 55% deles afirmam reparar mais nessas questões hoje em dia do que há 10 anos.

Escolhas do Editor

Para a capacitação de empresas brasileiras, o Great People ESG firmou uma parceria com a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) e o resultado foi o Programa Certificação Impacto Positivo para Micro, Pequenas e Médias Empresas. O lançamento será marcado pelo evento online gratuito Pequenas Empresas, Grandes Ganhos – os benefícios das práticas sustentáveis. Segundo Carolina, a iniciativa permitirá aos negócios se posicionarem por meio de um processo guiado e acessível em direção ao ESG. Durante o evento, a liderança aprofundará em temas relacionados ao impacto do ESG na lucratividade, crescimento e oportunidades para MPMEs além de mostrar como os selos de ESG podem ajudar no acesso a subsídios internacionais.

O programa de certificação tem o apoio financeiro da União Europeia, por meio do programa AL Invest Verde, que no Brasil tem como sócio direto a CACB, e aportará R$ 2,5 milhões no programa. O ciclo de capacitação se dará até setembro do ano que vem e envolve iniciativas para economia na utilização de recursos, criação de empregos verdes e aumento dos negócios com apoio das práticas. “O produto principal será a consultoria em grupo de 8 horas, com workshops, mentorias, acesso à comunidade ESG e modelos práticos”, afirmou Pimentel. “Se atingirmos nossa meta de 5 mil empresas, só com a consultoria estaremos movimentando cerca de R$ 5 milhões, com geração real de valor para o pequeno empresário.”

Mesmo que seja comum associar a agenda ESG a grandes empresas, Pimentel explica que os pequenos e médios podem incluir a sustentabilidade como pilar estratégico nos negócios. “Estamos falando de sobrevivência e competitividade no longo prazo”, disse. Segundo ela, o ESG ganhou protagonismo no mercado financeiro porque ficou evidente que empresas bem geridas nessas três frentes são mais resilientes e rentáveis. “E isso vale para as pequenas empresas”, afirmou. A executiva também contou que uma das razões por trás da criação da certificação foi a percepção de que “muitas soluções disponíveis no mercado são burocráticas, complexas e distantes da realidade das pequenas empresas”.

A ideia, disse ela, é ser um processo simples, acessível e efetivo, mas sem abrir mão da profundidade. Para a certificação o empresário precisará responder quatro perguntas sobre seu posicionamento ambiental, oito sobre impacto social e nove sobre governança. Cada pergunta é acompanhada de orientações para aumentar o impacto do tema no negócio, melhores práticas e como se beneficiar naquela frente. “Ao preencher a certificação, o empresário já começa a refletir, aprender e se transformar.”

Evento: Lançamento do Programa Certificação Impacto Positivo
Quando: 9 de abril, quarta, às 19h
Entrada: Gratuita
Onde: Inscrições pelo site www.gpesg.com.br/pegg

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