Resultados fazem Nestlé demitir CEO. O sucessor será Laurent Freixe, que cuidava dos negócios na América Latina, incluindo o Brasil

Uma image de notas de 20 reais
Fábrica da Nestlé em Três Rios, no Rio de Janeiro
Crédito: Divulgação Nestlé/Marie Hippenmeyer
  • No ano passado, a Nestlé registrou queda de 1,5% em sua receita bruta, caindo de US$ 107,1 bilhões para US$ 105,5 bi
  • Novo CEO, Laurent Freixe tem 38 anos de casa e já ocupou cargos estratégicos, como o de diretor da Divisão Europeia
Por Da Redação

Nos últimos 12 meses, as ações da Nestlé na Bolsa de Valores da Suíça (país de origem da companhia) registraram uma queda de 14,1%. No mesmo período, o principal índice do mercado suíço subiu 13,1% e concorrentes da empresa – como Unilever e Danone – também tiveram alta. Para completar a crise, no final de julho a companhia divulgou o resultado do ano passado, que registrou queda de 1,5% em sua receita bruta – caiu de US$ 107,1 bilhões para US$ 105,5 bilhões. Pode parecer uma queda pequena, mas analistas avaliaram os números como “decepcionantes”. E o comando da Nestlé deu uma eloquente demonstração de que concorda.

Na quinta-feira (22), a companhia demitiu o seu CEO global, o alemão Mark Schneider, 58 anos. A notícia foi divulgada na própria quinta-feira, em comunicado oficial da empresa. No texto, a Nestlé diz que Schneider “decidiu renunciar aos cargos de CEO e de membro no Conselho de Administração.” O mercado não recebeu a novidade com bons olhos. Poucas horas após o anúncio, as ações da companhia caíam 4% na bolsa suíça. O cargo de Schneider será ocupado pelo francês Laurent Freixe, 62 anos, que assume de vez no dia 1º de setembro.

Ele é um executivo bastante longevo na Nestlé, cujo valor de mercado é de US$ 275 bilhões. Freixe entrou na empresa em 1986 – há 38 anos, portanto – e já desempenhou funções estratégicas, como a de diretor da Divisão Europeia e a de CEO na América Latina, que ocupava até ser nomeado para ser o chefe mundial da companhia. Como CEO na América Latina, Freixe tinha sob seu guarda-chuva a operação da Nestlé no Brasil. Em sua primeira declaração após ser promovido, ele disse que priorizaria “o crescimento orgânico, em vez de aquisições”.

Laurent Freixe, novo CEO global da Nestlé: “Haverá sempre desafios”
Crédito: Divulgação/Nestlé

PROBLEMAS – O novo CEO global também ressaltou a importância de investir nas marcas e plataformas de crescimento da empresa, com o objetivo de ampliar a participação de mercado. Antes, porém, terá de enfrentar problemas sérios pelos quais a empresa passou recentemente, como falhas na cadeia de abastecimento e um processo de investigação sobre o emprego de técnicas ilegais de purificação da água mineral vendida pela marca. “Haverá sempre desafios, mas acredito que podemos posicionar estrategicamente a Nestlé para liderar em todas as geografias em que operamos.”, afirmou Freixe.

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