Empresa do Grupo Stefanini, a Topaz se define como a primeira plataforma full banking do mundo – engloba todas as necessidades de uma instituição financeira, desde o primeiro contato com o cliente até operações complexas de tesouraria. Criada no Uruguai como Top Systems em 1987, e comprada pelo grupo brasileiro em 2012, ela está hoje em 25 países das Américas, com mais de 300 clientes corporativos e 550 milhões de clientes finais atendidos. Deve fechar 2024 com crescimento de 30% e faturamento de R$ 1 bilhão. Diante do céu de brigadeiro para a Topaz, o IPO agora é uma certeza. “Somos geradores de caixa, não temos dívidas, estamos em expansão. O IPO vai nos qualificar e não tapar um buraco”, afirmou em entrevista ao DC NEWS TALKS, Jorge Iglesias, CEO da Topaz. A única dúvida é se a companhia abrirá capital no Brasil ou nos Estados Unidos. Até porque, entrar no mercado americano é outra pauta que está na mesa, revelou Iglesias.
Na entrevista, o CEO diz que a abertura de capital amplifica ainda outras duas conquistas. Uma é dar segurança aos clientes. A outra é ser uma marca desejada para reter e atrair talentos – hoje são mais de 2 mil funcionários. Será uma operação com ganhos em todas as frentes focando a construção de um legado longevo. “É uma segurança de continuidade da companhia”, disse o CEO. O IPO da Topaz não é causa, é consequência de uma gestão robusta. “O crescimento tem sido na casa dos 25% e 35% ao ano, com margem Ebitda superior a 40%”, afirmou. A estratégia de crescimento se mantém a mesma, e inclui tanto expansão orgânica quanto aquisições estratégicas – foram cinco nos últimos anos, com foco em complementaridade de soluções. E ainda vem mais. “Nas próximas semanas vamos anunciar mais uma aquisição, desta vez no mercado latino-americano.”
PORTFÓLIO PESADO – Entre os clientes da Topaz destacam-se players financeiros, como PagBank, e também operações vinculadas a grandes empresas do varejo, como Banco Carrefour, Midway (Riachuelo) e o Walmart México – que foi o mais recente contrato assinado. “Os varejistas são os grandes disruptores do segmento financeiro atualmente. Eles trazem a jornada do varejo junto da jornada financeira”, afirmou Iglesias. Além deles, 80% dos bancos brasileiros utilizam ferramentas da Topaz.
Entre as soluções, a empresa desenvolve tecnologias de prevenção e combate a fraudes, utilizando inteligência artificial (IA), e tem uma equipe de mais de 30 especialistas que monitoram constantemente a deep web – camada em que os navegadores convencionais não acessam. “Estamos sempre buscando tecnologias que nos habilitem para próximas jornadas”, disse Iglesias. Desse tipo de cultura incessante atrás do novo nascem soluções como a do “banco conversacional”, que utiliza IA para reconhecer o estado emocional dos clientes através do tom de voz e adaptar a comunicação adequadamente. “Três bancos já estão testando essa tecnologia.”
Sobre o futuro do mercado financeiro, Iglesias é otimista quanto ao Drex (moeda digital brasileira) e acredita em um mundo financeiro cada vez mais sem fronteiras. “Nas redes sociais, somos uma única pessoa globalmente. Por que no mundo financeiro ainda somos personas diferentes dependendo da região?” Com uma posição sólida no mercado, crescimento consistente e foco em inovação, a Topaz se posiciona como uma das principais forças na transformação digital do setor financeiro não só da América Latina e pelas palavras do CEO a empresa tem muito a contribuir para o desenvolvimento de novas ferramentas disruptivas que vão mexer com os segmentos financeiro e de varejo como um todo. Confira o vídeo da entrevista.
