SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quinta-feira (3) que operar o Pix custa de R$ 40 milhões a R$ 50 milhões por ano. A construção da tecnologia, que faz 240 milhões de operações por dia, custou cerca de R$ 15 milhões, segundo a autoridade do BC.
Campos Neto também afirmou que, contrariando expectativas da equipe técnica que implementou o Pix, o meio de pagamento se tornou mais popular para transações de quantias menores.
“Pensamos que seria atacado e foi muito mais varejo”, disse, durante evento promovido pelo Mercado Bitcoin e BlackRock em São Paulo.
Com 789 milhões de chaves registradas, o Brasil teve aderência ao Pix superior a países com sistemas similares, de acordo com o presidente da autoridade monetária.
Campos Neto disse que o BC deve fazer em breve evento para anunciar a função de Pix por aproximação, que será integrado à carteira do Google. O Pix automático e o Med 2.0., mecanismo ampliado de devolução de transferências e prevenção a golpes, também estão contemplados por próximos passos da autoridade monetária, segundo ele.
A fala da tarde desta quinta foi focada no mercado de ativos digitais. No início da semana, o presidente do BC que a desconfiança do mercado em relação ao arcabouço fiscal não é exagerada, apesar de destoa quando se considera situação de outros países.
O presidente do BC também afirmou recentemente que o país precisará de algum programa que gere a percepção de um choque fiscal positivo se quiser conviver com juros mais baixos.