[AGÊNCIA DC NEWS]. Daqui a duas semanas, o Centro Histórico ganhará mais uma alternativa no ramo da alimentação. O Viella São Bento vai abrir sua terceira unidade, desta vez na esquina das ruas 2 de Dezembro e 15 de Novembro. Com isso, o bar/restaurante completa o triângulo na região – os outros estão nas ruas São Bento e da Quitanda. Cada um a aproximadamente 400 metros do outro. Os três, somados, com 75 funcionários. Não deixa de ser uma demonstração de confiança do dono das casas, Jeremias Silveira, que há quase 20 anos passou de empregado no ramo dos bares a empreendedor. “As pessoas me veem como louco. Mas eu acredito no potencial do Centro”, afirmou, enquanto monitorava os preparativos para a inauguração, que segundo ele ocorrerá até o dia 30. A data exata será definida após o retorno de sua viagem a Nova York.
A história de Silveira na região central vem de 2006, quando ele adquire a Leiteria (ou Restaurante) Bancário, na rua da Quitanda, que depois ganhou o nome fantasia de Viella São Bento, o mesmo do estabelecimento aberto quase no final da rua São Bento, perto do mosteiro. “Tenho muito carinho por aquele local [referindo-se à antiga leiteria], onde tudo começou.” Os negócios, sempre no setor de alimentação, se expandiram. Dois irmãos de Silveira assumiram mais três bares e/ou restaurantes no Centro: Boteco Central, Pimenta de Cheiro e Prainha. Jeremias ficou com os Viellas. Tem mais um Viella no Morumbi (aberto em 2020), na Zona Sul, onde trabalham 52 pessoas. Na mesma região, ele abriu ainda um restaurante japonês (mais 25 postos de trabalho) e se prepara para inaugurar um italiano, abrindo 30 vagas.
Alimentação é a praia do empresário de 54 anos. Baiano de Vitória da Conquista, ele chegou a São Paulo em 1990. Foi trabalhar na rede America, onde fez de tudo. Foi caixa, estoquista, assistente administrativo e gerente. Ganhou visão de mercado. E, se precisar, pode ir preparar os pratos, porque também estudou gastronomia. Organizou uma cozinha central, que a cada dois dias abastece todas as unidades. Com 22 funcionários, o Viella da rua da Quitanda (a antiga leiteria) abre apenas para almoço, enquanto o da São Bento (28) tem happy hour e funciona até as 22h (nas sextas, a atividade pode se estender por mais uma hora).
O novo Viella ficará em um local que já contempla um café e uma farmácia, bem ao lado do Smart Sampa, da prefeitura, e em frente à sede da B3. Na parte de baixo funcionará o restaurante à la carte, com capacidade para 120 pessoas, e no mezanino – que não existia – ficará um quilo, que vai acomodar outras 80. Cada um terá saída própria. Um pequeno palco para apresentações musicais está sendo preparado na entrada do estabelecimento. O local terá de 20 a 25 empregados, aumentando para 180 o número de postos de trabalho em seus empreendimentos espalhados pela cidade. Silveira alugou o imóvel em dezembro. “Achei estratégico”, disse.
Nestes 19 anos empreendendo, ele acredita que o pior já passou. “O fundo do poço foi na pandemia. Mas o Centro está revivendo. A segurança melhorou 100%.” A inflação em alta também não assusta. “O empresário brasileiro tem essa capacidade de se reinventar. Eu não olho para governo, olho para o meu trabalho. Sempre foi acreditando no meu esforço.”
