SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O prefeito Ricardo Nunes (MDB) desconversou ao ser questionado se irá ao ato convocado por bolsonaristas no dia 7 de Setembro e mencionou a possibilidade de uma “questão de agenda”.
Segundo ele, caso tenha que cumprir algum compromisso oficial ligado à comemoração do aniversário da independência do país, seu vice de chapa, coronel Mello Araújo, irá à manifestação.
“Olha, eu não vi ainda a agenda do dia 7. O dia 7 de setembro é um dia muito importante para a gente, para todo o povo brasileiro, que simboliza principalmente a questão da independência, da liberdade”, afirmou. “Eu tenho minhas agendas oficiais como prefeito.”
“Pode ser que eu esteja, eu não sei ainda”, continuou. “Se por acaso eu não puder estar por conta da questão de agenda do 7 de setembro, as agendas oficiais, porque eu continuo prefeito, pelo menos o coronel Mello estará lá nos representando”, afirmou.
A declaração é dada após um episódio de tensão entre a campanha de Nunes e o núcleo ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Bolsonaro fez elogios a Marçal, e seu filho Eduardo Bolsonaro teceu críticas a Nunes. Em entrevista na quinta-feira (15) à Rádio 96 FM, de Natal, o ex-presidente disse que o influenciador “fala muito bem”, é “uma pessoa inteligente” e “tem suas virtudes”. Afirmou, ainda, que o prefeito não é o “candidato dos sonhos”, ainda que tenha assumido o compromisso de ajudá-lo.
A manifestação no 7 de setembro foi convocada por Eduardo como um protesto contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, autor de diversas decisões que miraram o ex-presidente e seu entorno.