RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O percentual de crianças e adolescentes de 10 a 13 anos que utilizam a internet recuou em 2023 pela primeira vez em uma série histórica iniciada em 2016. É o que apontam dados divulgados nesta sexta-feira (16) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Conforme o órgão, a proporção de pessoas de 10 a 13 anos que se conectaram à rede diminuiu de 84,9% em 2022 para 84,2% em 2023.
A proporção era de 66% no começo da série, em 2016. O uso excessivo da internet é motivo de alerta entre pais e pesquisadores.
“Foi a primeira queda, mas acho que ainda está cedo para falar em reversão de tendência”, ponderou Gustavo Geaquinto Fontes, analista da pesquisa do IBGE.
Ele mencionou que é interessante aguardar o comportamento do indicador nos próximos anos para ter uma avaliação mais detalhada sobre o cenário.
POSSE DE CELULAR FICA ESTÁVEL
Ainda de acordo com o IBGE, a posse de telefone celular era realidade para 54,8% das crianças e dos adolescentes de 10 a 13 em 2023 ou seja, mais da metade do grupo.
O percentual ficou estável na comparação com 2022 (54,8%), interrompendo a trajetória de alta registrada nos anos anteriores da série.
Os dados integram um módulo da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) sobre TIC (tecnologia da informação e comunicação).
Segundo o levantamento, 88% das pessoas de dez anos ou mais utilizaram a internet no país em 2023, um recorde na série.
O celular é o principal equipamento de conexão. A posse do aparelho seguiu em elevação e alcançou 87,6% do total da população de dez anos ou mais no ano passado.
Pelos critérios da Pnad, uma pessoa é considerada usuária de internet se teve acesso à rede nos três meses anteriores às entrevistas realizadas pelo IBGE.