SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O pastor Silas Malafaia celebrou a derrota de Pablo Marçal (PRTB), que ficou de fora do segundo turno em São Paulo. “Cumpri meu papel profético de alertar o povo de Deus e a nação brasileira”, disse em vídeo compartilhado na internet.
Os dois vinham se estranhando desde o 7 de Setembro, após o influenciador tentar entrar no trio elétrico que Malafaia patrocinou para Jair Bolsonaro (PL) discursar na avenida Paulista. Sua entrada foi vetada, segundo o pastor, porque ele chegou já no fim do ato.
Malafaia gravou cerca de 30 vídeos contra Marçal desde então, o que provocou uma enxurrada de comentários negativos em suas redes sociais, que ele associa a seguidores do candidato do PRTB. A onda maior veio após criticar Marçal por divulgar um laudo falso associando Guilherme Boulos (PSOL) ao uso de cocaína.
Chamou de “inadmissível” que “o psicopata do Pablo Marçal” tenha divulgado o documento forjado contra o psolista. “Não é porque Boulos é o nosso inimigo político que vamos aceitar uma farsa dessas”, afirmou.
O pastor disse neste domingo (6), uma vez selada a ida de Boulos e Ricardo Nunes (MDB) para a segunda etapa eleitoral, que foi “caluniado e difamado por evangélicos, gente da direita e até pastores”. Mas tudo bem: “Tá todo mundo perdoado”.
Afirmou que sua carga agora se voltará a Boulos e o PSOL, que chamou de “partido das trevas e do lixo moral”.
Malafaia parabenizou o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) pelo que julgou ser “a postura de um verdadeiro líder”.
“Você não foi medroso nem covarde”, disse sobre Tarcísio, que não arredou pé do apoio a Nunes, mesmo quando o cenário parecia menos favorável ao prefeito. “Esteve à frente do povo, e não atrás.”
Nenhum comentário sobre Jair Bolsonaro (PL), que oscilou em seu endosso ao emedebista.
Oficialmente, havia o respaldo. Mas o ex-presidente deu vários sinais de que Nunes não era seu candidato ideal e chegou a dizer, neste domingo (6), que respaldaria Marçal se ele fosse para o segundo turno contra Boulos.
Aliados do prefeito viram ali um mau sinal, como se Bolsonaro não tivesse segurança sobre a força eleitoral de Nunes.