Menções online a Marçal disparam após Justiça bloquear redes de candidato, aponta Datafolha

Uma image de notas de 20 reais
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Crédito: Divulgação ACSP

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O número de menções online a Pablo Marçal (PRTB) dispararam após a decisão da Justiça que suspendeu as contas do candidato à Prefeitura de São Paulo, chegando a um volume 139% maior do que na semana anterior.

Os dados são de um levantamento realizado pelo Datafolha e pela empresa Codecs com todos os pré-candidatos em São Paulo entre os dias 19 e 25 de agosto. O instituto considera menções em portais de notícias, blogs e fóruns e também posts em redes sociais, que correspondem a 96% do volume de citações.

Em 24 de agosto, a Justiça Eleitoral determinou a suspensão dos perfis de Pablo Marçal em redes sociais até o final das eleições, acolhendo o argumento de que ele cometeria abuso econômico ao promover cortes monetizados.

A ação que levou à liminar foi movida pelo PSB, partido da também candidata Tabata Amaral, e atinge as contas do influenciador no Discord, Facebook, Instagram, TikTok e X (ex-Twitter), além de seu site oficial.

No mesmo dia, o número de menções ao nome de Marçal atingiu volume recorde. O influenciador foi citado 212 mil vezes em postagens que continham termos e hashtags associando-o a palavras como “censura” e “ditadura”. No domingo, foram 133 mil postagens, totalizando 346 mil no final de semana.

Na semana sob análise do levantamento, Marçal atingiu 822.188 menções online, 139% a mais do que nos sete dias anteriores, quando teve 344 mil menções. O autodenominado ex-coach atingiu o maior número de citações desde que seu nome foi inserido no levantamento, em 20 de maio.

Após a decisão da suspensão, o influenciador abriu uma nova conta no Instagram. O perfil atingiu 2,9 milhões de seguidores até as 19h desta segunda-feira. Na nova conta, há uma publicação em que Marçal está com um papel escrito “sistema” tapando a boca.

Ainda que as grandes figuras do bolsonarismo nacional estejam apoiando a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB), vários deles utilizaram de seus perfis nas redes sociais para se manifestar contra a liminar que atingiu Marçal.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não citou o candidato diretamente, mas disse que “independente de quem tenha a rede censurada”, não compactua “com essa prática, porque cada vez mais vai se tornando rotina”. A postagem de Bolsonaro passou de 300 mil curtidas.

Em pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira (22), o influenciador apareceu pela primeira vez empatado na liderança com Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB). Ele está numericamente à frente de Nunes, com quem disputa o voto do eleitorado de direita.

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