O Centro Histórico de São Paulo sempre foi o núcleo financeiro e cultural da cidade. Foi nesse cenário que se estabeleceram algumas das mais importantes instituições econômicas do país, como a antiga Bolsa de Valores, hoje B3, e a sede de grandes bancos. No entanto, nas últimas décadas, a região sofreu com a degradação urbana e o esvaziamento empresarial. Agora, o retorno das empresas ao Centro se torna não apenas uma possibilidade, mas uma necessidade para a revitalização econômica da capital paulista.
Recentemente, um artigo de grande repercussão do jornalista Raul Juste Lores sugeriu um movimento ousado: a instalação da sede do Nubank na região. Com mais de 8 mil funcionários, a presença da startup de serviços financeiros poderia ser um catalisador para a reocupação do Centro por outras grandes companhias, transformando-o em um polo de inovação e modernidade. A proposta ilustra como a iniciativa privada pode desempenhar um papel crucial na requalificação de uma área que já foi sinônimo de prestígio e sofisticação.
O Centro velho nunca perdeu sua relevância estrutural. Pelo contrário, ele ainda é um dos locais mais bem conectados e providos de serviços em São Paulo:
Transporte Público Eficiente – O Centro é atendido por diversas linhas de metrô (1-Azul, 3-Vermelha e 4-Amarela) e uma ampla rede de ônibus, garantindo acesso fácil para milhares de trabalhadores.
Infraestrutura de Serviços e Comércio – Restaurantes, bancos, escritórios de advocacia, hotéis e comércios variados fazem da região um local estratégico para empresas.
Patrimônio Histórico e Cultural – Espaços como o Theatro Municipal, o Pátio do Colégio e o Farol Santander oferecem um charme único, tornando a área não apenas funcional, mas também inspiradora.
Iniciativas como a Lei do Triângulo, sancionada em 2020, também incentivam o retorno empresarial, concedendo isenção de IPTU e redução do ISS para determinados setores que se instalem na região. Além disso, a modernização de edifícios históricos por meio do retrofit é uma solução viável para que esses espaços atendam às exigências dos escritórios contemporâneos.
O Centro de São Paulo foi o berço do mercado financeiro brasileiro, e essa história continua viva. A B3, situada na emblemática Rua XV de Novembro, é um marco da força econômica da região. Da mesma forma, a Apimec Brasil (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais do Brasil) tem orgulho de manter sua sede na Rua Líbero Badaró, um endereço que simboliza a tradição e a evolução dos grandes centros financeiros globais.
Nossa presença aqui não é por acaso. Escolhemos ficar no coração financeiro da cidade porque acreditamos no seu potencial e na sua capacidade de renovação. Mais do que um endereço estratégico, essa localização reflete nosso compromisso com o desenvolvimento do mercado financeiro e a valorização do Centro como um polo dinâmico e inovador.
Além disso, a proximidade da Apimec Brasil com a sede da Prefeitura de São Paulo, no Viaduto do Chá, fortalece nossa conexão com as principais instituições da cidade. Essa localização estratégica facilita o diálogo e a colaboração com o poder público, impulsionando o desenvolvimento de políticas que beneficiam a economia local e a sociedade brasileira.
O Centro de São Paulo está pronto para um novo capítulo. Com políticas de incentivo e empresas dispostas a investir, a região tem tudo para viver um renascimento econômico vibrante. E nós, da Apimec Brasil, seguimos impulsionando esse movimento, reafirmando nossa posição como protagonistas desse setor e fortalecendo o papel do Centro como o verdadeiro coração financeiro da maior cidade do Brasil.
LUCY SOUSA
Presidente do Conselho de Administração da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais do Brasil (Apimec Brasil).
