BELÉM, PA (FOLHAPRESS) – O candidato à Prefeitura de Belém Igor Normando (MDB), apoiado pelo governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), foi o principal alvo de ataques durante debate nesta quinta-feira (3), seguido pelo atual prefeito, Edmilson Rodrigues (PSOL).
Seis candidatos participaram do encontro, realizado pela TV Liberal, afiliada da TV Globo no Pará.
De acordo com a última pesquisa Quaest, de 21 de setembro, Igor lidera a eleição na cidade, com 42% das intenções de voto. Já o delegado Éder Mauro aparece em segundo lugar, com 21%, e Edmilson, em terceiro, com 11%.
O candidato do PSOL, porém, aparecia tecnicamente empatado no limite da margem de erro com outros dois candidatos: Jefferson Lima (Podemos), com 6%, e Thiago Araújo (Republicanos), com 5%. O sexto postulante que esteve no debate, Delegado Eguchi (PRTB), teve 1% das intenções.
Outras pesquisas consultadas pelos candidatos apontam algumas diferenças entre os três primeiros candidatos, mas mostra a disputa capitaneada pelo trio.
Durante o encontro desta quinta, todos os candidatos citaram a relação de Igor com a família Barbalho. O emedebista é primo de segundo grau de Helder e é apontado como pouco experiente.
“Você está aqui para ganhar a prefeitura para Helder, porque você não vai governar nada”, apontou o candidato Jefferson Lima (Podemos).
A atuação do emedebista como deputado estadual também foi explorada, sobretudo por ter votado contra um projeto que obrigava os ônibus a terem ar condicionado.
“É o candidato da família Barbalho. Nunca andou de ônibus e não conhece a periferia, votou contra para apoiar os empresários”, afirmou Edmilson.
Igor, por sua vez, respondeu que será uma “satisfação” ser parceiro de Helder e aproveitou para exaltar o projeto social Usina da Paz, o qual ele coordenou como secretário da Cidadania do governo estadual.
Já Edmilson, que tenta ser reeleito para comandar Belém pela quarta vez, foi o segundo principal alvo. O atual prefeito enfrenta rejeição por problemas ligados à sua gestão, sobretudo à crise da coleta de lixo, que gerou cenas de acúmulo de resíduos. O tema foi explorado pelos candidatos.
Delegado Éder Mauro, apoiado Jair Bolsonaro (PL), por sua vez, acabou poupado no evento. Ele foi criticado de maneira enfática só uma vez, pelo candidato Thiago Araújo (Republicanos), que disputa a direita com o deputado, e o acusou de fingir um temperamento moderado no período eleitoral.
Éder foi delegado da Polícia Civil do Pará e é considerado truculento. Sua campanha, porém, busca passar uma imagem suavizada do candidato, o que lhe rendeu o apelido de “Éder Paz e Amor” entre campanhas adversários, que o acusam de maquiar seu temperamento.
O sexto candidato, delegado Eguchi (PRTB), também foi deixado de lado. Eguchi terminou em segundo lugar na última eleição municipal, mas agora amarga a última posição com a entrada de Éder Mauro.
Temas como a COP 30, que será sediada em Belém no ano que vem, e a questão de turismo na capital permearam o debate, mas acabaram ficando laterais.