Flávio Bolsonaro grava vídeo ao lado de Queiroz e pede votos para ex-assessor

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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) pede votos para Fabrício Queiroz, seu ex-assessor na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e atual candidato a vereador pelo PL em Saquarema (a 110 km da capital fluminense).

Na gravação, publicada por Queiroz na sexta-feira (30) no Instagram, Flávio afirma que o ex-assessor foi vítima de uma suposta perseguição contra a direita no país e hoje está “de cabeça erguida e peito aberto” na campanha municipal.

PM reformado, o candidato a vereador ficou conhecido como pivô da investigação do suposto esquema da “rachadinha” no antigo gabinete de Flávio na assembleia do Rio.

“Pessoal, todo mundo está vendo hoje as perseguições que nós sofremos com quem é de direita. O Queiroz foi vítima disso lá atrás ainda”, diz o senador.

Flávio aparece no vídeo ao lado do ex-assessor. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) veste uma camiseta da seleção brasileira e segura um material da campanha de Queiroz. A peça traz fotos do candidato e do ex-presidente.

“Tentaram usar o Queiroz para nos atingir e, graças a Deus, não conseguiram. Tá aqui: o Queiroz, de cabeça erguida e peito aberto, pedindo voto para vereador em Saquarema. E eu tô pedindo pra você também”, afirma Flávio.

A investigação do suposto caso de “rachadinha” foi iniciada após um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) descrever uma movimentação considerada suspeita de R$ 1,2 milhão em 2016 na conta de Queiroz.

O filho de Bolsonaro, o ex-assessor e mais 15 pessoas foram denunciados em 2020 sob acusação de desviar parte dos salários de funcionários do antigo gabinete para benefício de Flávio, na época em que ele era deputado estadual. A investigação, contudo, foi anulada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) em 2021. O caso, assim, voltou à estaca zero.

Em entrevistas a veículos de imprensa após a exposição causada pelo episódio, Queiroz chegou a demonstrar insatisfação com o tratamento recebido por parte da família Bolsonaro. Em 2022, ele concorreu a deputado estadual no Rio, mas não se elegeu.