Padilha minimiza derrota da esquerda e credita desempenho do centrão a frente ampla

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) associou nesta segunda-feira (7) o desempenho positivo de partidos do centrão a uma vitória da “frente ampla” contra a extrema direita no país.

O raciocínio é que os principais vencedores nas urnas no domingo são de partidos como PSD e MDB, que fazem parte da base de Lula (PT). E, portanto, o governo também partilharia essa vitória, ao menos em parte.

A declaração foi dada após reunião do presidente Lula (PT) com ministros palacianos e líderes do governo no Congresso na manhã desta segunda-feira (7).

“Nós estamos confiantes que nas eleições municipais existem vitórias simbólicas importantes de uma frente ampla apoiada pelo presidente Lula contra candidaturas da extrema direita que tenta perverter o processo democrático brasileiro”, disse

O ministro cita como exemplo as reeleições em primeiro turno de João Campos (PSB) em Recife e Eduardo Paes (PSD) no Rio de Janeiro.

Ambos derrotaram candidatos do bolsonarismo. No primeiro caso, o ex-ministro do Turismo, Gilson Machado (PL), que obteve apenas 13,9% dos votos. E, no segundo, o ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) do ex-presidente Jair Bolsonaro, Alexandre Ramagem (PL).

O cálculo não leva em conta que esses partidos, em muitas cidades, não estão alinhados a Lula ou ao governo. Em São Paulo, por exemplo, o MDB, representado por Ricardo Nunes, tem apoio de Bolsonaro contra Guilherme Boulos (PSOL).

“Sabemos da força dessa extrema direita no país, ninguém nega essa força, ninguém nega a capilaridade nacional dessa força. Agora, acreditamos que, no segundo turno, essas lideranças que compõem essa frente ampla do presidente Lula têm todas as condições de derrotar inclusive essas lideranças de extrema-direita”, afirmou Padilha.

Candidatos apoiados por Bolsonaro tiveram, no geral, um desempenho bem melhor nas grandes cidades do que aqueles que giram em torno de Lula, como mostrou a Folha de S.Paulo.

Segundo Padilha, o presidente participará “no que for possível” em sua agenda no segundo turno. Ele continuará viajando para os estados para entregar obras, mas tem uma viagem internacional para a Rússia, onde participará da cúpula dos Brics.

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